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17/02/2009

 
 
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Cebolão

 

Recuperação estrutural sob tráfego

 

 

A interconexão das Avenidas Marginais dos rios Pinheiros e Tietê com a Rodovia Castelo Branco é do tipo bulbo e nos primeiros estudos apresentava o aspecto de cebola. Desta forma, desde 1968 este complexo viário ficou conhecido como Cebolão. A TECPONT participou do programa de recuperação do Complexo Viário Heróis de 1932, realizado sem a interrupção do tráfego no sistema, restrito aos trabalhos de manutenção necessários a recuperação das estruturas das pontes usualmente denominadas de Anel Externo, Ramo 1000 e Ramo 2000.

 

 

Logo ao início das atividades de assessoria técnica ao programa de recuperação do conjunto de estruturas do Cebolão, foram estudados todos os documentos existentes relativos ao projeto e construção da obra, procurando as origens dos problemas nas juntas de dilatação dos tabuleiros das estruturas. A construção, iniciada em abril de 1976, ficou a cargo da Companhia Brasileira de Projetos e Obras - CBPO, que concluiu os trabalhos em 24 meses.

 

Conforme relatório elaborado pela CBPO em 23/04/81, 4 anos após sua execução, os problemas de desnível entre a junta e o pavimento, de grandes fendas expondo as juntas ao excessivo tracionamento e à flexão e de desgaste das juntas de dilatação por rolamento dos veículos já se apresentavam, colocando os usuários sob risco do veículo se desgovernar.

 

Os relatórios de vistoria do IPT de 1991, dez anos depois, possibilitaram analisar a evolução das anomalias comparando o cadastro desta inspeção com o emitido pela Tecnosolo em 21 de agosto de 1996. Verificou-se que, apesar de trocadas por outro modelo de neoprene (Tipo Jeene), as juntas continuaram a apresentar problemas. Comparando as aberturas medidas pelo IPT em 1991 com as medidas pela Tecnosolo em 1996 e com as aberturas avaliadas teoricamente como valores máximos no projeto da Tecnosolo, os valores medidos praticamente alcançaram aqueles da avaliação teórica, fato que justifica os encurtamentos reais ocorridos nos tramos dos viadutos.

 

Com base nos documentos do projeto original, foram iniciados os estudos de viabilidade do programa. Nas primeiras reuniões conjuntas realizadas com o CET e DER para discutir as diretrizes de execução das obras, ficou clara a importância de reduzir ao máximo as eventuais interdições de tráfego nas pistas para evitar o caos ao tráfego da cidade. Na primeira intervenção, a interdição de apenas uma das 5 faixas da pista do Anel Externo originou um congestionamento de 230 Km em torno da cidade.

 

Decidiu-se que as interdições deveriam restringir-se apenas aos curtos períodos de substituição da iluminação, montagens de plataformas de serviços, concretagens e macaqueamentos para substituição dos aparelhos de apoio e substituição das juntas de dilatação. Assim, ficou definido que o acesso ao interior das estruturas dos tabuleiros seria feito através de janelas a serem abertas nas lajes inferiores e transversinas, sendo que estas, face à manutenção do tráfego, somente poderiam ser abertas após a execução do reforço necessário. Para o atendimento destas diretrizes, foram realizados contatos com empresas especializadas no sentido de estudar a execução de uma passarela e plataformas tubulares apoiadas na estrutura do tabuleiro, assim como, solicitado o apoio operacional à CET – GET 6 para execução dos levantamentos topográficos e medição das aberturas de juntas, necessários para reconstituição dos desenhos de forma e o cadastro preciso de anomalias, indispensáveis para orientar as adequações do programa e prosseguimento dos trabalhos.

 

O programa de recuperação para estas obras previu, face às dificuldades e custos, subdividir os trabalhos em 2 etapas. Na primeira etapa, devido impossibilidade de interditar as obras, foram executados todos os serviços de recuperação interna das obras, devolvendo à sua superestrutura condições de segurança:

  • Montagem de andaimes e/ou plataformas metálicas para acessar às estruturas pela parte inferior.

  • Abertura de janelas nas lajes inferiores.

  • Reforço e recuperação das anomalias encontradas.

  • Abertura de janelas nas transversinas intermediárias, de forma a permitir o acesso a todo interior das estruturas executando os serviços sem interrupção de trafego.

  • Reforços com cabos de protensão adicionais.

  • Limpeza geral das estruturas.

  • Pintura das laterais, defensas rígidas e guarda-corpo metálico.

Para uma segunda etapa, estão previstos os serviços complementares, que dependem da execução dos da primeira etapa:

  • Nivelamento dos blocos de fundação.

  • Reforço dos pilares, com cintamento de topo nos mesmos para possibilitar a substituição dos aparelhos de apoio de neoprene fretado.

  • Içamento da estrutura, de forma a trocar os aparelhos de apoio.

  • Recuperação dos acessos à obra.

  • Substituição das juntas de dilatação das obras.

  • Fresagem e recapeamento total das área envolvidas do Complexo.

  • Iluminação geral das Obras.

  • Pintura e sinalização segundo os padrões da CET.